DIA 1º MAIO – DIA DO TRABALHADOR
SÍMBOLO DA PERMANENTE LUTA POR JUSTIÇA E IGUALDADE.
“Ser radical é agarrar as coisas pela raiz, e a raiz para o homem é o próprio homem” – Karl Marx
O Dia do Trabalhador foi instituído em homenagem a dezenas de operários assassinados em 1º de maio de 1886 em Chigado/USA quando houve uma greve que reuniu mais 500 mil trabalhadores que exigiam a redução da jornada para oito horas de trabalho.
Para compreendermos o significado desta data é imprescindível que façamos um breve relato sobre as transformações da sociedade e a luta de classes estabelecida ao longo da história da humanidade.
Com o passar dos tempos os Bandos começaram a dominar a natureza e se fixarem nas terras. Surge então, o primeiro tipo de sociedade organizada: as “TRIBOS”, denominadas também de “COMUNIDADES PRIMITIVAS”. Tudo que era produzido pertencia a todos. A única divisão que existia era de tarefas. No entanto, com o aprimoramento de novas técnicas a produção aumentou e passou-se a produzir mais do que se necessitava, surgindo então o excedente e o escambo entre as Tribos.
Diante dos conflitos entre a Tribos mais fortes e mais fracas surge a figura do prisioneiro convertido em escravo. Com isso a Comunidade Primitiva transformou-se em SOCIEDADE. O trabalho escravo aumentou a produção de bens e, por conseguinte o excedente, e aos poucos a produção e os escravos, que eram de propriedade coletiva, foram dominados por alguns chefes de famílias, surgindo assim à propriedade privada da terra e da produção.
Com o aparecimento da “Propriedade Particular” e o trabalho escravo, o mundo passa por uma grande transformação. A desigualdade se consolidou e surgiram as classes sociais: de um lado os senhores donos dos escravos, das terras e das ferramentas de trabalho; do outro os escravos que não podiam vender sua força de trabalho nem emprega-la em benefício próprio, recebiam apenas o alimento necessário para sobreviver.
Com o passar do tempo o sistema escravista começou a ser substituído por uma outra forma de exploração do trabalho humano e opressão política, o FEUDALISMO. Os antigos donos de escravos se tornaram Senhores Feudais e os escravos Servos.
Durante o sistema Feudalista surge também o trabalho artesanal, levando alguns servos a abandonarem a agricultura para se transformarem em artesãos, como ferreiros, sapateiros, marceneiros, etc.
Os Burgueses que já controlavam os trabalhos dos artesãos começaram a investir suas fortunas na organização de manufaturas que eram grandes oficinas que produziam matéria-prima pelas mãos dos artesãos, tudo em troca de um irrisório pagamento. Nascia assim o TRABALHO ASSALARIADO.
Com a ruína do Feudalismo nasce na Idade Média o “CAPITALISMO”. Neste sistema e com o aumento da produção, os burgueses buscavam formas de aumentar o lucro reduzindo as despesas, para tanto houve a incrementaçaõ tecnológica e a maxi-exploração dos operários com grandes jornadas de trabalho e baixíssimos salários.
No Capitalismo, conforme nos ensina o Mestre Tarso Genro, “o capitalista vende para receber, através da mercadoria, o capital investido na compra da força do trabalho e da matéria-prima, assim ele se ressarci das demais despesas da produção, e da parte que ele retém para si da força do trabalho, é que se processa o lucro”, ou seja, uma parte da jornada de trabalho é recompensada pelo salário que o operário recebe para sobreviver e continuar produzindo. A outra parte de sua jornada é destinada a produzir o lucro do patrão. É o que Karl Marx denominou de “Mais-Valia” , fórmula que perdura até os dias de hoje
Neste longo e permanente conflito de classes, em que os trabalhadores lutavam e lutam por melhores condições de trabalho e salário é que perceberam que não bastava apenas se organizarem em entidades de classe, pois toda desigualdade e opressão são garantidas pelo Poder Estatal e foi desta constatação que surgiram em vários Países os Partidos Políticos nascidos do movimento Operário e de cunho Socialista, cujo objetivo é ocupar os espaços nos Parlamentos e nos Governos dominados ainda, pelas forças representativas do Capital.